Tuesday, February 28, 2006

De Alexandre O' Neill














Gosto dos que não sabem viver,
dos que se esquecem de comer a sopa
("allez-vous bientôt manger votre soupe,
s...b... de marchand de nuages ?")
e embarcam na primeira nuvem
para um reino sem pressa e sem dever.

Gosto dos que sonham enquanto o leite sobe,
transborda e escorre, já rio no chão,
e gosto de quem lhe segue o sonho
e lhe margina o rio com árvores de papel.

Gosto de Ofélia ao sabor da corrente.

Contigo é que me entendo,
piquena que te matas por amor
a cada novo e infeliz amor
e um dia morres mesmo
em "grande parva que ele há tanto homem !"
...............................

Monday, February 27, 2006

Poesia faz-me falta

Aqui na orla da praia, mudo e contente do mar.
Sem nada já que me atraia, nem nada que desejar,
Farei um sonho, terei meu dia, fecharei a vida
E nunca terei agonia, pois dormirei de seguida.

A vida é como uma sombra que passa por sobre um rio
Ou como um passo na alfombra de um quarto que jaz vazio;
O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é;
A glória concede e nega; não tem verdades a fé.

Por isso na orla morena da praia calada e só,
Tenho a alma feita pequena, livre de mágoa e de dó;
Sonho sem quase já ser, perco sem nunca ter tido,
E comecei a morrer muito antes de ter vivido.

Dêem-me aqui onde jazo, só uma brisa que passe,
Não quero nada do ocaso, senão a brisa na face;
Dêem-me um vago amor de quanto nunca terei,
Não quero gozo nem dor, não quero vida nem lei.

Só, no silêncio cercado pelo som branco do mar,
Quero dormir sossegado, sem nada que desejar,
Quero dormir na distância de um ser que nunca foi seu,
Tocado do ar sem fragrância da brisa de qualquer céu.

Fernando Pessoa

Domingo com sol deu passeata






Junto à costa e com lanche em Colares: terra de excelente vinho, mas onde também há "queijadas" e "travesseiros".

Friday, February 24, 2006

Brokeback Mountain













Em resposta a compromisso assumido com RPS, no blog Fado Falado, aqui fica a minha visão deste assunto.

Num trabalho de verão, rude, desgastante e mal pago, vítimas de vidas lixadas desde cedo, pela pobreza, por poucos sonhos, por poucas esperanças, conhecem-se e tornam-se amigos dois homens de sonhos modestos. Um quer ser campeão de rodeos, o outro quer casar com Alma, sua namorada, quando terminar aquele contrato sasonal, de guardar ovelhas na montanha. Partilham o trabalho, os alimentos, os sonhos não realizados, as histórias desinteressantes de suas vidas, os pequenos-grandes males que preencheram as suas existências, na América rural dos anos 60.
Um dia, ao arrepio das suas convicções verbalizadas, tornam-se amantes.
Não aceitam esta situação e vão em busca de rumos diferentes para as suas vidas.
Casam, têm filhos, organizam-se em termos de emprego e querem esquecer o verão que deixou marcas de vergonha e humilhação nas suas vidas. Querem viver como a sua sociedade os possa aceitar, num modelo de vida que os não faça sentir-se no opróbio.
E passam a encontrar-se, uma ou duas vezes por ano, sob pretexto de acampamentos e pescarias, para um rito de repetição do nunca esquecido e amaldiçoado amor de verão.
Não consigo ver estes encontros como dias de alegria ou festa. Seriam sempre dias de fuga, de desespero, por todos os outros dias de ausência e de falsas vivências. Aos filhos, amaram-nos, sem dúvida. Às mulheres das suas vidas, não. Mas elas estiveram com eles. Nunca quiseram aprofundar o que os juntava, de longe em longe, pois viviam em Estados diferentes.
Há uma teia de relações que nos faz sentir esmagados, nos ambientes intimistas em que o filme nos envolve, por um período de acção correspondendo a duas décadas daquelas vidas, sem nunca conseguirmos ser juízes nem condenar. Aqueles homens não viveram um romance, viveram uma agonia partilhada, um duplo suicídio lento, lento, lento…

Julga ou condena quem fôr capaz.

Thursday, February 23, 2006

Zeca Afonso, lembro













Como sonhaste, amaste e cantaste a Liberdade.

Wednesday, February 22, 2006

A mais bela palavra

Se me perguntassem qual é a mais bela palavra que eu conheço, responderia: VEM.
Porque há tantas ocasiões na vida, desde o gatinhar ao definhar, em que a palavra "vem" nos faz sentir amados, queridos, desejados, acompanhados, mimados, sortudos.
Venha da boca do pai, da mãe, do irmão, do amigo, do amado, do filho, do colega de trabalho, é sempre sinal de que não estamos a mais, de que a nossa presença é doce, é grata.
Significa que nos querem por perto, a partilhar, a estar na vida de quem nos chama.
A palavra "vem" tem a forma de ninho, a cor do mar e o aroma de pão acabado de fazer.

Tuesday, February 21, 2006

Também já vi


















É uma obra cheia de realismo, com homens e mulheres oportunistas, mesquinhos, generosos, desequilibrados, insensatos, meigos, loucos. Humanos.

Essencialmente, as mulheres são o que parecem (interesseiras, cínicas, obsessivas, lúcidas) e os homens são actores, representando no palco da vida.

Tropeçar em cobras

Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo que só vivia para brilhar.
Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistiu, dois dias e nada.
No terceiro dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que te vou comer, podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te alguma coisa?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!
E é assim. De vez em quando, tropeçamos em cobras.

Monday, February 20, 2006

Geriatric Tour

Agora ando a ler este:


Prémio

Camões

2005

Fernando Pessoa


O tempo que hei sonhado
Quantos anos foi de vida !
Ah, quanto do meu passado
Foi só a vida mentida
De um futuro imaginado !

Aqui à beira do rio
Sossego sem ter razão.
Este seu correr vazio
Figura, anónimo e frio,
A viva vivida em vão.

A esperança que pouco alcança !
Que desejo vale o ensejo ?
E uma bola de criança
Sobe mais que a minha esperança,
Rola mais que o meu desejo.

Ondas do rio, tão leves
Que não sois ondas sequer,
Horas, dias, anos, breves
Passam – verduras ou neves
Que o mesmo sol faz morrer.

Gastei tudo o que não tinha
Sou mais velho do que sou.
A ilusão que me mantinha,
Só no palco era rainha:
Despiu-se e o reino acabou.

.................

Sunday, February 19, 2006

Domingo de manhã: aqui





























Com ele.

Sábado deu para ver



Friday, February 17, 2006

Com votos de bom fim de semana


Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor do lume.

Eugenio de Andrade

Garatuja

Com um pedaço de carvão
com meu giz quebrado e meu lápis vermelho
desenhar teu nome
o nome da tua boca
o signo de tuas pernas
na parede de ninguém.

Na porta proibida
gravar o nome de teu corpo
até que a lâmina de minha navalha
sangre e a pedra grite
e o muro respire como um peito.

Octavio Paz

Horizontes largos

Paraty (Brasil)
Sul - Sempre.



Thursday, February 16, 2006

Vida pressentida (Octavio Paz)

Relâmpagos ou peixes
na noite do mar
e pássaros, relâmpagos
na noite do bosque.

Os ossos são relâmpagos
na noite do corpo.
Oh mundo, tudo é noite
e a vida é relâmpago.

Recordar poemas

Tom Jobim / Vinicius de Moraes
Eu não existo sem Você

Eu sei e você sabe,
já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo
levará você de mim
Eu sei e você sabe
que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste

Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar

Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você.

Amiga Guida


Cura-te
depressa
e
volta
para
junto
de
nós.
Sem
ti
o
tempo
é
mais
comprido.

Rápidas melhoras !

Wednesday, February 15, 2006

Vai ver que é culpa dele


As experiências discriminatórias arquivam-se de maneira privilegiadíssima nos solos da memória, contaminando o inconsciente colectivo. (CARL JUNG /1875 - 1961 ).

Elas são transmitidas por uma complexa aprendizagem absorvida através dos gestos, das reacções, dos olhares, das brincadeiras pejorativas, das desigualdades, das dificuldades de ascensão social. (A. Cury /1958- ).

Vai ver que é do Jung a culpa dos mal-entendidos entre cristãos e muçulmanos...

Saudades, dali
















África .

Tuesday, February 14, 2006

Flores porquê ?


Porque
é
bom
olhar
para
algo
de
belo;
porque
é
bom
pressentir
um
aroma
agradável.

Como quem penetra num poema ignorado



"Adentro-me na água morna do rio como quem penetra num poema ignorado ou num amor nascente.

Não nado, deslizo, com os cabelos soltos que me seguem, oscilando, e que se enrolam, de onde em onde, nos dedos de plantas misteriosas.

Ultrapassam-me e cruzam-me peixes azuis que me fitam sem lágrimas, sem cheiro, sem ruído, sem alma."

Rosa Lobato de Faria

in O Prenúncio da Águas (ASA de bolso)

Monday, February 13, 2006

Uma vez ou outra















tem de ser assim mesmo.

Faria hoje cem anos, faz falta

Missão de Portugal: Sacralizar o Universo, tornando Divina a Vida e Deus real.

Meios: Desenvolvimento dos Povos pela inteira aplicação da Ciência e da Técnica, inclusive nos sectores da Economia, da Política, da Administração Pública e da Filosofia. Conversão da pessoa à adoração da Vida.

Características do que houver no Sagrado: Criança como a melhor manifestação da Poesia pura e como inspiradora e suporte e incitadora a ser criança de todos os que existam. O gratuito da vida. A plena liberdade de todo o ser.

SER E NÃO SER SÃO A CHAVE DO SER.

Com toda vontade de lhe ser fiel.


Agostinho da Silva

Sunday, February 12, 2006

Elegia

Por isso escrevo esta elegia como quem oferece a luz dos olhos;
por isso canto o teu rosto afogado como quem canta um funeral de espigas.

Eugénio de Andrade

Pensamentos interessantes:

1 - O homem começa a envelhecer quando as lamentações começam a tomar o lugar dos sonhos.

John Barrymore

2 - Cometo acções como um poeta comete versos.

Agostinho da Silva (faria cem anos a 13 de Fevereiro - morreu em 1994)

O cão, o dono dele e eu fomos passear



























O que nós vimos.
Como nós chegamos ao final do passeio...

Saturday, February 11, 2006

Trouxe flores

Para
uma
pincelada
de
cor
na
blogosfera.

Fui ao campo


















Vi de novo o rebanho.
Os cordeiros já cresceram um bocado.

Friday, February 10, 2006

Poesia, sim

Com votos de bom fim de semana,
poema de Rosa Lobato de Faria.


Quero adormecer na tua língua
como um fruto um beijo um poema
Quero atravessar a seara ondulada de vento
e assinalar a boca rubra das papoilas
Quero dizer-te o mar de cobalto que há no meu peito
penetrar contigo florestas de lilases
arremessar-me à praia
ser uma pedra
dentro da tua mão fechada
ao amanhecer.

Alerta a quem não viu



A quem não viu "As pontes de Madison County", um dos filmes que nomeio como dos meus favoritos, aviso que vai passar na RTP1 no próximo domingo.

Título Original: The bridges of Madison County,1995
Direcção: Clint Eastwood
Intérpretes: Meryl Streep , Clint Eastwood , Annie Corley , Victor Slezak , Jim Haynie , Phillys Lyons , Debra Monk

Thursday, February 09, 2006

Estranhos hábitos, ou nem tanto ?

Eu, ignorante, não sei fazer links mas...

loislois69 (http://brolque.blogs.sapo.pt)
num post em cadeia, pede que eu diga cinco estranhos hábitos meus.

Aqui vai:

Gosto de café, chá, leite, sem açúcar nem adoçantes.

Nunca trago lenços comigo e agarro papel higiénico ou guardanapos de papel, se precisar de limpar pingo do nariz.

Gosto de fotografar tudo e nada, às vezes uma formiga, uma pedra.

Penso em coisas sérias e/ou de trabalho enquanto faço a higiene matinal.

Nunca corro para apanhar “este” metro, “este” autocarro: há-de vir outro a seguir.

e RODA O PALCO!

Convoco: Maria_Arvore, Chuvamiuda, RPS, Bartleby e Freddy ou Pingu.(decidem entre os dois).

Quem opina ?





















Ter uma religião é importante na vida ?
Ser religioso é o quê ?
Ter fé é relevante para ser feliz ?

Wednesday, February 08, 2006

Há vozes assim


Há perto de uma semana falei do cubano Pablo Milanés, acerca dos poemas que canta.
Hoje apetece-me falar de vozes e lembrei-me dele outra vez.
Lembrei-me de novo da canção "A dos manos" e do vocativo, Amor, com que ele, cantor, se dirige a alguém.
E como não sei dizer por palavras, digo com imagem, sobre aquela voz:
Cetim, seda, veludo ?
********************
"Uno pasa la vida buscando un ser que lo llene de amor y cure la herida. No ha sido fácil, no vivo en una sociedad perfecta. Voy a hacerte unas letras por primera vez, quiero pregonar que recuerdo el día exacto en que te conocí, tus ojos color de esperanza me dijeron que me seguirias llevando de la mano contigo, para vivir".

Ontem, hoje e amanhã




Ou a importância enorme do dia de Hoje.

Importante: Hoje, Aqui, Agora.

Tuesday, February 07, 2006

Adoro desafios



Maria_Arvore, aqui respondo ao desafio que me deixou:
desafio dos "Quatros"







Quatro empregos:
Recepcionista de Hotel (c/ carteira profissional)
Técnica de Marketing (empresa de transportes)
...................
...................


Quatro filmes:
Casablanca
Feios, porcos e maus
As pontes de Madison County
Million dollar Baby

Quatro sítios onde vivi:
Monchique
Faro
Lisboa
......................

Quatro séries televisivas:
Modelo e dectetive
Darma & Greg
Sete palmos de terra
O sexo e a cidade


Quatro locais de Férias:
Açores
Cuba
Praga
Nordeste do Brasil

Quatro pratos favoritos:
Papas e rojões à minhota
Arroz de lampreia
Caldeirada à Setubalense
Sopa da pedra
(tudo coisinhas leves, como se pode ver).

Quatro websites diários:
agualisa5
chezmaria
fadofalado
mastrosaoalto
zonafranca
terceira voz
ruas sem nome
brolgue brolguista
propriedade privada

O quê ? - só quatro ? Perdoem-me tantos outros de que não falei e visito com muito gosto.
Ah, ainda nem falei dos que vejo mais aos fins de semana, que é gente que só posta/posta mais intensamente nas folgas...

Quatro sítios onde eu gostava de estar agora:
Algures a sul do Equador: Brasil(+ nordeste), África(Tanzânia ou Moçambique).
Num cruzeiro nas Caraíbas.
Numa estância de neve na Suíça ou Itália.
Numa qualquer esplanada soalheira frente ao mar (com livro ou música).

Por fim, tiro-vos o chapéu pela paciência de lerem coisas que não interessam nada,
sobre a minha modesta pessoa.



Maria, Beijinhos.


He ido marcando (Pablo Neruda)


He ido marcando con cruces de fuego
el atlas blanco de tu cuerpo.
Mi boca era una araña que cruzaba escondiéndose,
En ti, detrás de ti, temerosa, sedienta.
Historias que contarte a la orilla del crepúsculo,
muñeca triste y dulce, para que no estuvieras triste.
Un cisne, un árbol, algo lejano y alegre.
El tiempo de las uvas, el tiempo maduro y frutal.
Yo que viví en un puerto desde donde te amaba.
La soledad cruzada de sueño y de silencio.

Acorralado entre el mar y la tristeza.
Callado delirante, entre dos gondoleros inmóviles.
Entre los labios y la voz, algo se va muriendo.
Algo con alas de pájaro, algo de angustia y de olvido.
Así como las redes no retienen el agua.
Muñeca mía, apenas quedan gotas temblando.
Sin embargo, algo canta entre estas palabras fugaces.
Algo canta, algo sube hasta mi ávida boca.
Oh! poder celebrarte con todos las palabras de alegría!
Contar, arder, huir, como un campanario en las manos de un loco.
Triste ternura mía, que te haces de repente ?
Cuando he llegado al vértice más atrevido y frío
mi corazón se cierra como una flor nocturna.

Literatura boa

Hoje atrevo-me a recomendar um livro.
De Fatou Diome, o romance "Ventre do Atlântico". Da Bizâncio, Colecção Montanha Mágica.
A autora, mulher na casa dos trinta e picos anos, nascida numa ilha do Senegal, doutorada em Literatura Moderna, vive actualmente em Estrasburgo.
Fala dos sonhos dos africanos que querem vir para a Europa, fala da paixão do futebol - Maldini e Toldo jogam neste livro, fala da arte de escrever, da necessidade de escrever, das dificuldades que um emigrante vive ao chegar a uma terra estranha, por mais preparado que se sinta. Fala de ser preto na Europa e de como em África se imagina o Eden em que vivem todos os brancos.
Neste livro fala-se de amor e liberdade, de sonhos e de desencantos, de esperanças e de derrotas, de tabus sobre sexo, sobre turismo sexual, sobre tudo aquilo que, afinal, compõe a vida.
Se decidi aqui opinar, digo que foi do melhor que li nos últimos meses.

Monday, February 06, 2006

Não me canso de ver/ouvir





Sessão caseira de sábado passado:
O Fantasma da Ópera (Phantom of the Opera)
Elenco: Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson, Minnie Driver, Miranda Richardson.
Direcção: Joel Schumacher
Género: Musical
The very best: "all I ask of you".


ALL I ASK OF YOU
No more talk of darkness,
Forget these wide-eyed fears.
I’m here, nothing can harm you
My words will warm and calm you.
Let me be your freedom,
Let daylight dry your tears.
I’m here, with you, beside you,
To guard you and to guide you . . .
Then say you love me every winter morning,
Turn my head with talk of summertime . . . (I love this one)
Say you need me with you, now and always . . .
Promise me that all you say is true
That’s all I ask of you . . .
Let me be your shelter,
Let me be your light.
You’re safe: no-one will find you
Your fears are far behind you . . .
All I need is freedom,
A world that’s warm and bright
And you always beside me
To hold me and to hide me
Then say you’ll share with me
One love, one lifetime …
Let me lead you from your solitude . . .
Say you need me with you here, beside you . . .
Anywhere you go, let me go too
That’s all I ask of you . . .
Say the word and I will follow you...
Share each day with me, each night, each morning . . .
Say you feel the way I do
That’s all I ask of you . . .
Anywhere you go let me go too . . .
Love me - that’s all I ask of you.

Mas tenho esta riqueza



















A capacidade de ter sentimentos e deslumbramentos.



Diante do grandioso













...sinto-me pequenina, sinto-me insignificante,
sinto-me passageira e irrelevante.