Tuesday, February 28, 2006

De Alexandre O' Neill














Gosto dos que não sabem viver,
dos que se esquecem de comer a sopa
("allez-vous bientôt manger votre soupe,
s...b... de marchand de nuages ?")
e embarcam na primeira nuvem
para um reino sem pressa e sem dever.

Gosto dos que sonham enquanto o leite sobe,
transborda e escorre, já rio no chão,
e gosto de quem lhe segue o sonho
e lhe margina o rio com árvores de papel.

Gosto de Ofélia ao sabor da corrente.

Contigo é que me entendo,
piquena que te matas por amor
a cada novo e infeliz amor
e um dia morres mesmo
em "grande parva que ele há tanto homem !"
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