Friday, April 28, 2006

Programada e precisada

Aí está a chegar.

Vida, caminho de descobertas











De dúvida em dúvida...

Marcha inexorável














Coisas que dinheiro não compra...

Dualismo na génese


Por isso temos sonhos e medos, temos horizontes e limites, somos grandes e somos frágeis.

Por isso vivemos entre flores e abrolhos.

Thursday, April 27, 2006

Complicada a Vida? - Não!

Sherlock Holmes e Dr.Watson vão acampar.
Montam a tenda e, depois de uma boa refeição e uma garrafa de vinho, deitam-se para dormir. Algumas horas depois, Holmes acorda e diz para o seu fiel amigo:
- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê.
Watson responde:
- Vejo milhares e milhares de estrelas...
Holmes, então, pergunta:
- E o que isso significa?
Watson pondera por um minuto, depois enumera:
- 1. Astronomicamente, significa que há milhares e milhares de galáxias e, potencialmente, biliões de planetas.
2. Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de sorte.
3. Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 03h15min pela altura em que se encontra a Estrela Polar.
4. Teologicamente, posso ver que Deus é todo-poderoso e somos pequenos e insignificantes.
5. Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia. Correcto?
Holmes fica um minuto em silêncio e diz:
- Watson, seu idiota! Significa que alguém nos roubou a tenda!!!

Moral da história:
A vida é simples, nós é que a complicamos.

As asas















mutila-as o tempo?

Como?













Como posso surpreender-me lendo o livro da minha própria alma?
Que complexo é ser gente!
Porque não podemos optar por ser árvore, pássaro, rio?
Seria cobardia, fuga pr'á frente?

Wednesday, April 26, 2006

Porque gosto de espaços amplos















Há três palavras que me soam a magia: deserto, savana e mar.

Ditos de sabedoria


Agrada-nos a franqueza dos que nos apreciam. À franqueza dos outros chamamos insolência.
(André Mourois)

Procuremos acender uma vela em vez de amaldiçoar a escuridão.
(Provérbio chinês)

Não devemos dar demasiada atenção ao que os críticos dizem. Nunca foi erguida uma estátua em honra de um crítico.
(Sibelius)

Pontos assentes



Imaginação fértil é um dom.

Vender, por verdade, algo imaginado é um mal.

Vá lá, há um mal que não me toca!

Daqui: www.tibeu.blogs.sapo.pt

— Mãe, no céu tem pão?

Pois nem só de pão vive o homem:
há que ter pão, do céu, ao espírito;
há que ter pão, em cima da mesa, aos escolhidos;
há que ter pão, debaixo da mesa, aos enjeitados;
sempre existirão pobres convosco,
migalhas a Lázaro;
ao banquete, as libações.


Tem, filhinho, muito pão,
pão-doce, pão-seco, muito pão,
.................. aquele, ...................
bem gostoso .........................

............ durma, filhinho, amanhã, deixo você brincar...
Durma, meu amor.......

**************
Tibeu, já fui ao seu cantinho e fiz uma maldade - Copiei!

Voltando às rotinas





Passar num sítio onde esteja bonita a paisagem. Há muita passarada na copa da palmeira. Há cães a brincar no jardim. E gente apressada a caminho do trabalho ou das aulas. As pessoas vão com pressa, muitas, porque preferem ficar na caminha mais uns minutos...
Mas existe quem prefira ir sem pressa. Na diversidade está o encanto.

Tuesday, April 25, 2006

Dia bonito este

Belo dia, hoje, à beira Tejo :



Cravos e mais

Vi cravos vermelhos.
E vi estas também, no passeio da manhã:

Meu coração está em festa


Sem mais palavras!

Monday, April 24, 2006

Palavras especiais

Já falei aqui, há cerca de dois meses atrás, de uma palavra muito bela: Vem.
Hoje, penso noutras palavras que me são particularmente sentidas. Penso em Liberdade, Abraço, Ternura, Melancolia.
Pode ser que, um dia destes, me apeteça desenvolver algumas justificações para o facto de me parecerem especiais estas palavras.
Hoje, sobre Liberdade, não digo nada: explica-se por si só o quão especial ela é.
Ilustro-a assim, como algo que se ama, se cuida, se alimenta:

Aqui carrego baterias




Sunday, April 23, 2006

Porque vem aí o 25 de Abril





Deixo só imagens sugestivas.



Porque ainda há portas fechadas, ainda há quem não consiga abrir asas e soltar-se, ainda há quem não encontre espaço onde viva com dignidade.

Coisas do quintal

Aos fins de semana, gosto de me refugiar num lugarejo. Além de enfiar os dedos dos pés na espuma do mar, sempre que o friozinho não é grave, também aprecio espetar dedos e unhas das mãos em meia dúzia de metros quadrados de quintal.
Dá aquela certeza da ligação cósmica de todos a tudo e, depois, ele é isto:














Friday, April 21, 2006

25 de Abril, sempre














Porque somos homens e mulheres,
porque nascemos livres,
porque fascismo, nunca mais.

Porque queremos Abril?

EN ESTE MISMO INSTANTE...

En este mismo instante
hay un hombre que sufre,
un hombre torturado
tan sólo por amar la libertad.
Ignoro dónde vive,
qué lengua habla,
de qué color tiene la piel,
cómo se llama,
pero en este mismo instante,
cuando tus ojos leen mi pequeño poema,
ese hombre existe, grita,
se puede oír su llanto de animal acosado,
mientras muerde sus labios
para no denunciar a los amigos.
¿Oyes? Un hombre solo grita maniatado,
existe en algún sitio. ¿He dicho solo?
¿No sientes, como yo,
el dolor de su cuerpo repetido en el tuyo?
¿No te mana la sangre bajo los golpes ciegos?
Nadie está solo.
Ahora, en este mismo instante,
también a ti y a mí nos tienen maniatados.

J. A. Goytisolo

Neruda de novo

Para mi corazón basta tu pecho,
para tu libertad bastan mis alas.
Desde mi boca llegará hasta el cielo
lo que estaba dormido sobre tu alma.

Es en ti la ilusión de cada día.
Llegas como el rocío a las corolas.
Socavas el horizonte con tu ausencia.
Eternamente en fuga como la ola.

He dicho que cantabas en el viento
como los pinos y como los mástiles.
Como ellos eres alta y taciturna.
Y entristeces de pronto, como un viaje.

Acogedora como un viejo camino.
Te pueblan ecos y voces nostálgicas.
Yo desperté y a veces emigran y huyen
pájaros que dormían en tu alma.

(Cancioneiro de Pablo Milanes)

Palavras com aroma de flor e filosofia


PALABRAS PARA JULIA
...............................................
Tu destino está en los demás
tu futuro es tu propia vida
tu dignidad es la de todos.


Otros esperan que resistas
que les ayude tu alegría
tu canción entre sus canciones.

Entonces siempre acuérdate
de lo que un día yo escribí
pensando en ti como ahora pienso.

Nunca te entregues ni te apartes
junto al camino, nunca digas
no puedo más y aquí me quedo.

La vida es bella, tú verás
como a pesar de los pesares
tendrás amor, tendrás amigos.

Por lo demás no hay elección
y este mundo tal como es
será todo tu patrimonio.

Perdóname no sé decirte
nada más pero tú comprende
que yo aún estoy en el camino.

Y siempre siempre acuérdate
de lo que un día yo escribí
pensando en ti como ahora pienso.

José Agustin Goytisolo

Flores miúdas


Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
- Por que é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
Mas, porquê gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?
Questionou novamente o pensador.
Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
- Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida?
O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam.
Falam suavemente.
E por quê?
Porque seus corações estão muito perto.
A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta"

Thursday, April 20, 2006

Também porque o tempo voa


Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio

Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

A. Ramos Rosa, A Mão de Água e a Mão de Fogo

O Tempo tem asas

Wednesday, April 19, 2006

Há quem vá e quem não vá...


...hoje, ao Rossio, com uma vela acesa.
Cada um seguindo os ditames da sua consciência.

Sonhos e Fantasias


Sonhos e fantasias.
Pergunto-me a razão porque ando a pensar nesta matéria, mais recentemente, uma vez e outra.
Há uma mão cheia de anos que julgo saber distinguir e separar uns das outras.
Deu-me um palpite de que possa estar tal facto relacionado com um determinado tipo de filmes e programas televisivos e crónicas jornalísticas que andam muito na berra...
Será, Dr.ª Marta Crawford ?
Pelos vistos, senhora doutora, embora não visse nunca o seu programa, porque não aconteceu, pura e simplesmente, todos somos um bocadinho permeáveis aos assuntos "em moda".

Vou lendo

Pão da mente


Mais do mesmo, porque é excelente


"Amar: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....
O amor é quando a gente mora um no outro."

MÁRIO QUINTANA

Tuesday, April 18, 2006

Obsessão do Mar Oceano

Vou andando feliz pelas ruas sem nome...
Que vento bom sopra do Mar Oceano!
Meu amor eu nem sei como se chama,
Nem sei se é muito longe o Mar Oceano...
Mas há vasos cobertos de conchinhas
Sobre as mesas... e moças na janelas
Com brincos e pulseiras de coral...
Búzios calçando portas... caravelas
Sonhando imóveis sobre velhos pianos...
Nisto,
Na vitrina do bric o teu sorriso, Antínous,
E eu me lembrei do pobre imperador Adriano,
De su'alma perdida e vaga na neblina...
Mas como sopra o vento sobre o Mar Oceano!
Se eu morresse amanhã, só deixaria, só,
Uma caixa de música
Uma bússola
Um mapa figurado
Uns poemas cheios de beleza única
De estarem inconclusos...
Mas como sopra o vento nestas ruas de outono!
E eu nem sei, eu nem sei como te chamas...
Mas nos encontramos sobre o Mar Oceano,
Quando eu também já não tiver mais nome.
Mário Quintana

Nostalgias



NOSTALGIA DO FUTURO

O século XXI nasce com a suspeita de que as coisas podem andar para trás, que o progresso não é uma fatalidade. Vivemos um processo de decomposição dos significados do pensamento liberal.
Luiz Gonzaga Belluzzo (BR)



........................
Vou em outras amizades,
Amar o que não amei.

Os copos que não bebi,
Os discos que não toquei,
Os poemas que não li,
Os filmes que nunca vi,
As canções que não cantei.

..................
Paco Bandeira
A ternura dos quarenta

Isto é a "minha" Nostalgia do Futuro.