Monday, January 23, 2006

José Luis Peixoto

Vá-se lá saber porquê...
Quando leio textos deste autor inunda-se-me o peito de uma ternura, uma ingenuidade doce transborda das letras, há qualquer coisa de familiar, íntimo, cordial.
Será a simplicidade de sentir sem preconceitos ?

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«Filho. Gostava que houvesse uma aragem qualquer que me explicasse esse teu sorriso e outra que te explicasse, sem te magoar, o meu silêncio.»

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«Penso: talvez o céu seja um mar grande de água doce e talvez a gente não ande debaixo do céu mas em cima dele; talvez a gente veja as coisas ao contrário e a terra seja como um céu e quando a gente morre, quando a gente morre, talvez a gente caia e se afunde no céu.»

excertos de «Nenhum Olhar»