Poema_Pedra_Rio
Foto: Anamargens
Sonhei um poema feito de pedras,
pedras fluindo, fosse rio sereno,
de todos os tamanhos e matizes,
e eram duma beleza precisa:
roupa e linguagem de pedras.
Imerso no poema-pedra-rio,
o poeta – a pedra – a lapidar.
O que se via não era a pedra,
mas a poesia por dentro, além.
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A pedra que piso diz silêncio
E das águas que molham as plantas dos pés
Para que os arvoredos dos passos possam brotar.
A pedra que olho diz do espelho
E da luz que persigo a cada instante,
Como palha que busca ser brasa da eterna fogueira.
( José Inácio Vieira de Melo)
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