Friday, August 04, 2006

Teares
























Como aranhas enredadas
nós também traçamos absurdas tramas
essas linhas rotas dessa vida ausente
essas tantas vestes desmistificadas
acolhendo tantos impossíveis sonhos
restaurando em vão enredos fugidios
refazendo traços pálidos regaços
ilusórios laços vínculos suspensos
e buscamos ávidos nesse breve espaço
nossa ténue luz nosso breve dia
nosso parco pasto.

Poema: Marilda Soares (Br.)
Imagem: dali