Monday, December 26, 2005

Ternura, Luisa...

Acontece vermos alguém em conversa com outrém, pegar na carteira, tirar de lá e mostrar uma foto do filho, do neto...
Meu pai costumava ter na carteira uma foto do cão.
Na família, fazíamos uma certa chacota com ele por ter a foto do cão.
E ele, de olhar malandro, adoçando a voz :
"Este é tão meu amigo, faz-me tantas festas, nunca me faltou ao respeito..."
E hoje, tantos anos depois dele ter partido, apeteceu-me trazer aqui este assunto para ti, Luisa, minha irmã, na certeza de que vais sentir, como eu, uma onda de ternura aquecendo o peito.