Poesia de vez em quando
Uma rosa amarela a desfolhar-se ao espelho
um cálice de sol derramado no chão
um pranto de trompete a pingar-me no ombro
o meu coração de outono
espreguiça-se neste delito de junho
Proust suicida-se em cima da minha cama
e o suco da tua boca de ameixa
faz de mim para sempre
a condenada à sede de todos os aromas.
Rosa Lobato de Faria
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